A UMA BELA NEGRA
No país de um sol de fogo abrasador
Conheci num dossel iluminado à pantera
Nas palmas o ócio e no olhar a megera
Uma dona negra de olhar lindo e sedutor.
Na tez de ébano a ardente morena
Num ar, sempre tépido vejo o querer
Da caçadora operante a entreter
Sorriso intranqüilo e a feição de sirena.
Um ébrio amante e no fundo a estérea
Semente não vinga na conjunção áurea
Dividir-se igual à Hidra da Grécia.
Infeliz morena da ilha Lucrecia
Só o ódio lhe resta desta torpe vida
Dormirá sem sorte a sã colorida.
HERR DOKTOR