MEDITAÇÃO DO FIM
No chão espero o fim, enquanto vem,
Faço intervalo pra mais um cigarro.
Os bichos me acompanham, lhes convém
Matar a fome no canto que escarro.
Perdendo a relevância, tudo, além
Da ordem nociva, o não estar bizarro.
Existo dentre o nada que contém
As poucas coisa sólidas que agarro.
Meus olhos pendulando sob o sono
Acompanham inertes, movimento
Das horas em completo abandono.
Cogito a vida por quase um momento
Perdido vendo em cinzas e carbono,
Tempo da morte deste pensamento.