Soneto da receita peremptória
Esta história hilária meu pai contava
De um esculápio requisitado,
O qual não se fazia de rogado
E de receitar nunca se esquivava.
Eis que uma senhorinha definhava,
E médicos a haviam visitado,
E medicamentos tinham passado,
Mas o tremendo mal não se aplacava.
Em dia de jogo, o doutor, correndo,
À mulher passou um só comprimido
E voltou, para a seleção torcendo...
Na viagem, ao fone fica sabendo,
Apalermado do mal resolvido,
Que a mulher não estava mais vivendo.