Soneto para Tempos de Ódio
Tantas pessoas, tão interessantes
Tão pouco tempo para conhecê-las
Dizem-me alguns que muitas já vi antes
Outras talvez vou num futuro vê-las
Mas eu não quero esperar que o tempo
Nos junte a todos sabe-se lá quando
Quero já hoje cada bom momento
Que a vida sempre vai nos sonegando
Triste destino o desta sociedade
Que não nos vê como uma irmandade
Só vê no outro o inimigo feroz
Tal como água se esvai entre os dedos
Perdemos tempo de vencer os medos
De partilharmos o melhor de nós