SONETO AO TEMPO (Perdido)

Agenda aberta repleta de compromisso

Perguntava-me o que tenho a ver com isso

A vontade era de tomar “chá de sumiço”

Ajeitava no espelho meu sorriso postiço

Mapa astral mostrava caminho cheio de trapaças

Miragens de jardins sem cor corroído de traças

Ao redor olhares sofridos de tantas desgraças

Pelas pedras carcarás a espera de carcaças

Fartei-me de correr a procura de um açude

Esperança infinita... Talvez minha sorte mude

Lá na linha do horizonte... viver fosse menos rude

Rasguei ao lixo a página inútil do calendário

Joguei pela janela o poderoso senhor do horário

Lancei-me ao vento ignorando o tempo... cruel calvário

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 10/08/2019
Código do texto: T6716999
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