MENINA-MOÇA
Era doce a menina e mui formosa.
Com suas brincadeiras me encantava;
tinha a beleza e o viço de uma rosa;
de seu candor eu sempre me orgulhava.
Neste mundo a vida lhe é ditosa.
Porém de sua infância nada grava:
era a menina-criança melindrosa,
pois a menina-moça despontava.
Cercada só de amigos, vive em festa
tendo junto de si um grande amor
que a toda hora mui carinho lhe atesta.
Menina-moça, tu não vês a dor.
Seja feliz a vida que te resta,
pois será para nós lindo canto de honor...
(Soneto alexandrino)