É sereno o caminho que sigo
É sereno o caminho que sigo,
sereno e triste como são os cemitérios...
E silenciosos os que vão aqui comigo,
desvendá-los não conseguem teus mistérios.
Sonhadores que encontrei nesses caminhos,
a colheres rosas brancas da ventura...
Pra trás, ficarem, eu vi sozinhos,
com essas flores na sepultura.
Olhos qu'almejavam no céu soturno,
ver-te solitário a vagar astro noturno.
Vozes que ecoam serenas pelo ar...
Vozes que escuto na erma soledade,
entoar-me o canto da saudade,
eternas aqui sempre a vagar.