QUANTO BOM ÉS TU?
Quanto bom sou eu se não enxergo?
Não ‘estico’ e nem ‘envergo’.
Insensível, não sinto tua dor.
Nesse eu, não existe amor.
Tu estás triste e eu ‘morto’.
Preso num solitário ‘horto’
Isolado em mim
Sem comoção por te ver assim.
Bom! Eu?
Tua dor em mim, não doeu.
Reflita essa “bondade”, que já morreu.
Como posso está a sorrir?
Se tu choras
Preciso saber que tu me imploras.
Ênio Azevedo