Ergui a Minha Própria Prisão

O que são as sombras quando estas iluminam mentes?

Na irrelevância da adaptação em combustão

O mundo nos obriga a vender a alma na escuridão

Sem sorrisos feitos de façanhas e nem de dentes

Se no medo eu fiz a minha casa mal-assombrada

Nos reflexos dos espelhos de bordas quebradas

O som que eu sempre ouvi em meus pesares

Era o que me conduzia para todos os lugares

A isca era ontem o que eu sou hoje e agora

Rasgando palavras em mar aberto

Pesco em ilhas que se formam mar à fora

Sentindo o frio indiferente do mundo e descoberto

Vejo-me em lúcidos sonhos perdidos e descarrilhados

Em conjunto com os outros presos e escravizados

(Guilherme Henrique)

PássaroAzul
Enviado por PássaroAzul em 04/08/2019
Código do texto: T6712216
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