SEM OS ESPINHOS
Porque o outono, da janela,
Traz-me flores do jardim
As brancas e uma amarela,
Canto em meus versos assim:
A cor de ouro, de fortuna
Na tua doce singeleza
És um presente da tuna
Simplicidade e beleza
Tuas pétalas sedosas
Encantos dados por Deus
Têm o signo da pureza
São do céu presentes meus
Pensando nas orgulhosas
Da janela, na tristeza.