Soneto da solidão no templo
Da grande catedral na solidão
Preces fervorosas ergo a Maria...
Sem párocos, pastores e homilia,
Dirijo meus reclamos na emoção
De agradecer a vida, a devoção,
Tudo – o dia agitado, a calmaria,
No convívio, das gentes a empatia,
Tudo, tudo – a festa, a resignação.
Mas entendo que o Senhor também ama
A aglomeração em fé reunida,
Quando Sua glória tanto proclama,
Embora – acredito – prefira a chama
Da solitária alma agradecida,
Que aquiesce ao destino e não reclama.