Entre a crença e a chama
Estando em tempo de prece
Abandone a fila da procissão
Veja do que seu corpo padece
Se de pecar, ou da remissão
Esconda-se de qualquer anjo
Amotine-se fora do andor
Não faça sagrados arranjos
Se for para se privar do amor
Não renuncie à sua crença
Mas não castre seus impulsos
Não dilua uma chama intensa
Atenta a qualquer pudor avulso
Se a chama estabelece a dúvida
A crença se apresenta precavida