Penumbra
Uma janela cheia de astro
Emoldurava totalmente o sol
Que atrevido perscrutava
O sono, a menina e o lençol
Clara, mas cheia de preguiça
Recusava-se a enfrentar o dia
Descumprindo mesmo a missa
Cerra a janela, travessa, arredia
Fungos, mofos e tantas alergias
Proliferam em cultura fria
O astro-rei, vingado se divertia
Em duelo de sombra e luz
Tinha a cortina por fronteira
A menina na alcova, medianeira