ESCOPO DE MINH'ALMA

Relicário suspenso pela temporada,

Sem tempo, sem palavras, mais nada.

Ora paz, ora arrependimento, porção

De ritmos e dores sentidos em vão.

Em meus sonhos vejo o corpo,

Vejo o escopo de minh'alma,

E tantas visões se vão num sopro,

E tudo isto, a revolta de quem ama.

Um homem, uma mulher e uma criança,

Que me assola tanto a lembrança,

De que nunca tive sequer o privilégio

De correr contra o relógio,

De ter mais uma iniciativa...

Só vá embora... E viva.