ACHANAR (soneto)

Deixe que a dor da saudade enfim passe

Soltando d'alma o que é teu maior enfado

Deixe-a nas entranhas secas do cerrado

Para que nos maçantes reclamos se cale

Em um grande pesar não se é prolongado

Basta! Se todo afeto que sentes se sovasse?

Desafie os medos, e os ponha face a face

Com coragem, e os tenha como teu agrado

Sabe: eu já cansado! Ando tão com receio

Na ventura, que o meu amor se consome

E o encantamento no revés submerso...

Sinto em tudo está ilusão... Tudo custeio!

E, derreado de embatucar este cognome

Achanando este infortúnio do meu verso.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

30 de julho de 2019 - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no Canal do YouTube:

https://youtu.be/n8duZ3oBHYk

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 30/07/2019
Reeditado em 30/07/2022
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