Nossas Almas
Quando altas horas no céu silentes,
eu vejo-as distante a cintilares...
D'outrora notas belas e plangentes,
ai, eu ouço na minh'alma a vibrares.
Melodias que me tráz o universo,
ave branca pela noite a voares...
Deixa eu ficar com os meus versos,
como a tarde com seus tons crepusculares.
Esse brilho que nos cobre quando olhamos,
nos desperta inquieto teu mistério,
e perdidas as quimeras que sonhamos.
Ah! Esse temor, e caminhando assim caladas,
como astros indo neste céu etéreo,
nossas almas indo brandas pela estrada.