SONETOS SECRETOS
(Por Érica Cinara Santos)
De tanto remar contra a maré, cansei-me então
Eu que entre rios vivi e vivo
Que entre as águas me efetivo
Fugia-me a sabedoria da direção
Fugia-me também meu olhar sobre o eu-imensidão
Meus tesouros, minhas flores
Achei de desgastar-me por tanto tempo em dissabores
Do que já havia tantas vezes me dito não
Não, não me tenho arrependimentos
Descanso na leveza das inúmeras tentativas
De minhas idas, meus planos, meus ensejos...
E se o tempo levou delas a beleza privativa
Ante tuas reticencias, tuas (in)decisões, teus lampejos...
Trouxe-me novamente o amor de mim a meu eu como ressarcimento.
OBS: Reflexos do aprendizado de uma alma, que outrora, por confundir o conceito do AMOR, tropeçou e caiu muito longe desse tão lindo sentimento.