A DEUSA DO ASFALTO
Interação ao soneto da poetisa Sonya Azevedo, para o texto, A DEUSA DA RUA!
Varre n'alma o frio que te atormenta,
reluzindo o boreal dessa aurora,
o olhar do teu semblante me acalenta,
como um sonho, um fugir da gaiola!
Pássaro esse que canta e não lamenta,
se enternece ao pular de galho em galho,
até nos fios o bicho arrebenta,
mesmo em sonho, no arbusto de carvalho!
À tarde em harmonia de amor à lua,
passou-se mais um dia de trabalho,
quão belo ao olhar p'ra aquela rua!
Cai à noite ilumina a face tua,
lindo sonho, a árvore, o carvalho,
Inspiração quão bela foi a tua!