Suicídio

Como um anjo sem asas perfumando o vento

Ausente no tempo buscando se encontrar

No peito a angústia flébil, farto desalento

Salientando que a vida já não suporta perdurar

Como uma poesia de apartado, uma aflita carta

Depondo a cessação do passeio, sem mais armas

Que lhe acudissem a refazer-se, da vida se desata

Num feito frouxo dá por acabado o seu drama

Mutilada ficou sua carreira terrena

E nesse ataúde descansas tão serena

Para ulteriormente, abrigar o irrevogável adeus

O adeus que cega a biografia de uma vida

Que por anônima causa foi banida

Decerto, capaz fosse eu inibir o término dos dias teus!

Samira Araújo - 24/07/2019

Samira Vilaça Araújo
Enviado por Samira Vilaça Araújo em 25/07/2019
Reeditado em 27/01/2021
Código do texto: T6704101
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