ágape maculado
fico em silêncio perante tua entrada
meu coração desfalece em alto palpitar
por amores, ciúmes e birras sou tomada
retomo a infância, a vontade a me guiar
é meu menino dos olhos pingados
talhado com gosto no profano marfim
afogo-me nos belos bosques esparsos
do teu corpo contorcido em frenesim
quero-te como o amor que guardo
a ti cultivado como alimento basal
grão necessário a minha subsistência
ainda que eu me arrisque ao fardo
de teu amor tornar-se eclipsal
e minha morte ser de tal abstinência