DESEJO PELA LUZ DA VERDADE
O que fazer quando o brilho
De nossas almas é de nós roubado
E quando o nosso coração é angustiado
Pelo engano armando o seu empecilho?
O que fazer quando os horizontes da leadade
São obscurecidos pela vileza
De quem ainda amamos na pureza
De um ato de perdão e de sinceridade?
Contra mim, a morte se vestiu de vida;
Contra mim, a feiúra se adornou de beleza.
Hoje só anseio viver na transparência da verdade!
E é desse cristal que contemplo a luz que trepida
Como um fogo que, na sua implacável pureza,
Incinera as trevas temerosas de toda sagacidade.