A minha estrada é sempre tão vazia
A minha estrada é sempre tão vazia
Eu vago nesta vida feito um pária
Em dolorosas noites solitárias
Sem ninguém pra amenizar minha agonia
E junto as estatuas marmóreas e frias
E nos prantos da cerimônia funerária
Encontro a paz nas coisas ordinárias
Sob a penumbra das colunas sombrias
Contemplando os lamentos lá do breu
Ansiando a sorte de quem já morreu
E não padecer com o peito amargurado
Minha alma cansada não mais suporta
Em ser aquele que ninguém se importa
O que subsiste e nunca é lembrado