UM TAL POETA
Aquele homem transeunte foi por aí,
corre n'alma e nas veias a poesia,
um poeta irreverente a putaria,
tendo ao lado o garoto e a Juracy!
Escreve sacanagem p'ra alguém rir,
nunca cansa: o seu fraco é heresia,
na praça ele declama a poesia,
as pessoas batem palmas: é isso aí!
Ao seu lado a mulher garoto e gatos,
nas costas a mochila e o aguardente,
no peito escrito: Gregório de Matos!
Imagina um poeta irreverente,
imoral vive sempre lá nos matos,
batedor: diz ser bom p'ra alma e mente!