Poema de Absinto
Queria encontrar as palavras puras...
Que me dissessem o que de fato sinto.
Que falassem, mesmo em linhas duras
O que falo em verdade, o que me minto!
Palavras que falem das loucuras,
Que revelem a mim o que pressinto.
O que se esconde n'alma, em sepultura,
O que queima o espírito qual absinto.
Onde os versos que procuro
Para falar o que quero e nunca sei?
Por que fogem, escondem-se no escuro...
Como se fizessem a própria lei?
Onde o desconhecido é futuro
E o silêncio, em monastério, se faz rei!
Queria encontrar as palavras puras...
Que me dissessem o que de fato sinto.
Que falassem, mesmo em linhas duras
O que falo em verdade, o que me minto!
Palavras que falem das loucuras,
Que revelem a mim o que pressinto.
O que se esconde n'alma, em sepultura,
O que queima o espírito qual absinto.
Onde os versos que procuro
Para falar o que quero e nunca sei?
Por que fogem, escondem-se no escuro...
Como se fizessem a própria lei?
Onde o desconhecido é futuro
E o silêncio, em monastério, se faz rei!