A ROÇA
Eclode n'alma como um broto, a lembrança,
da remanhosa paz lá da rústica roça,
coágulos de sol quente, à tarde fria, a lua, a nuança,
a expiar o coração da gente na palhoça!
Geme e chora o engenho de madeira grossa,
guiado pelos bois tardos que muito se cansam,
e, rodando vai moendo a caiana nossa,
na remanhosa paz da fazenda esperança!
Quantas saudades da roça e dos eventos,
da rapadura, dos doces e do aguardente,
das noites de lua, do canto, do firmamento!
Eclode n'alma a lembrança, a tormenta,
o exprimir em doridos gritos e lamentos,
que as desgraças do álcool trouxe aquelas mentes!