ESTAÇÃO DE CORES
Tempo vivo e claro dum dia fugaz,
a radiosa, pura, estação de cores
no bosque de vento quente voraz
a doce fonte, outrora sem frescores.
Raios luminosos tremem na paisagem,
— rebento do sol, flama e contagia
— sonho vivaz tornou-se uma miragem
abrasada na mente, gerando ínfima fantasia.
Não finda luz, sem que a rosa floresça
— o inerte solo que se compadeça
recebendo da brisa celestial florear.
Que essa paz, por séculos permaneça,
mágico incenso de alecrim do céu desça,
nesses meses de pétalas e orvalhar.