SEM PERDÃO

Pelas contas do rosário, vai dedilhando

Os vis pecados praticados na existência

Ainda que sabendo que mesmo purgando,

Com contrição, na elaborada penitência

O crime que cometeu não será apagado

Pois pela perversão e requintada maldade

O ato nem pelo céu merece ser julgado

Tamanho mal causou na pacata irmandade.

Era menina, cabelo encaracolado

Com olhar de anjo, sorriso puro, inocente

Deparou-se na esquina com o ser malvado

Ultrajou-lhe alma, corpo, vida e dignidade

Varreu da Terra a visão angelical e santa

Deixando um rastro de dor e muita saudade

MADAGLOR DE OLIVEIRA
Enviado por MADAGLOR DE OLIVEIRA em 15/07/2019
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