Chamava-se José e amava Rosa, mas Rosa não o amava. Rosa não só não amava José como fazia discursos contra o amor na cara do José, para desanimá-lo. (“Vê se te enxerga, Zé!”) Fernando Verissimo
José que amava Rosa
Quando José cultua a sua Rosa,
Rosa faz de José um cão sem dono,
Que vira lata, até perder o sono,
Ou se lambuza pra fugir da tosa.
Enquanto Rosa mata o seu sonho,
José descreve, em versos e em prosa,
Todo o amor que tem por sua Rosa,
Que, de tão grande, já não tem tamanho.
José, e seus amigos, todavia,
Sabem que Rosa é uma poesia
Com versos que não rimam com José.
Talvez José só rime com Maria,
Que na palma da mão, se principia
E o faça, até que enfim, saber quem é.
José que amava Rosa
Quando José cultua a sua Rosa,
Rosa faz de José um cão sem dono,
Que vira lata, até perder o sono,
Ou se lambuza pra fugir da tosa.
Enquanto Rosa mata o seu sonho,
José descreve, em versos e em prosa,
Todo o amor que tem por sua Rosa,
Que, de tão grande, já não tem tamanho.
José, e seus amigos, todavia,
Sabem que Rosa é uma poesia
Com versos que não rimam com José.
Talvez José só rime com Maria,
Que na palma da mão, se principia
E o faça, até que enfim, saber quem é.