SOU A MADRUGADA ALEGRE

Sou a madrugada alegre e divertida,

Que conta histórias da sua monta,

Aquela madrugada muito sentida,

Que nasceu com a cabeça tonta.

Sou a madrugada aflita nesta lida,

Que desperta mesmo e se desconta,

Numa nuvem que não tem saída,

Neste princípio da vida que conta.

Sou a madrugada esconsa e escarlate,

Onde zombas de mim, como arrebate,

Numa escadaria que me arremedo.

Sou a madrugada adormecida, e eleita,

Num braço de ternura, como se ajeita,

Num segredo ou sinal deste meu medo.

LUÍS COSTA

Sábado, 04 de outubro de 2014

TÓLU
Enviado por TÓLU em 14/07/2019
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