Soneto da amizade
Ainda que a distância persistir
E o tempo transformar-se em inimigo,
Memórias mostrarão por que sorrir,
Fazendo-me lembrar o velho amigo
Então, quando a saudade me invadir,
Levando-me a querer estar contigo,
Permita-se a lonjura se extinguir
Enquanto, em seu abraço, faço abrigo
Em nossa indiscutível amizade,
Que, mais que verdadeira, persevera,
Impera a mais fiel cumplicidade
Mostrando que a distância não supera
A força de quem tem afinidade,
Os laços da amizade mais sincera