En passant
Lá ia passando o rio
Corria por baixo da ponte
Com águas, calmo, vadio
Afastava-se o rio da fonte
As águas nunca voltavam
Cumpriam apenas o afã
E em silêncio balbuciavam
Era um relance, en passant
A ponte não é passageira
Somente ligava margens
Breve abrigo da corredeira
Nada mudava aquela imagem
Rotina, ponte, plateia no divã
Todos os dias, águas em passant