CINZA AQUARELA....
Um simples sopro na alma que te vela,
Em meu turno nessa ausência eterna,
Nessas noites longas de espera,
Entre sombras e a falta de carinho.
Uma leve brisa que apaga a vela,
Eu sou o soturno que se desespera,
Numa saudade, embora triste, terna,
Da lua não entre nós pelo caminho.
Paisagem que poderia está em tela,
Deste jeito triste como se revela,
A voz nas mãos no mudo pergaminho.
Qual o quadro que se forma na janela,
Pintado por Deus em cinza aquarela,
Sem me perdoar por ser um ser sozinho.