CINZA AQUARELA....

Um simples sopro na alma que te vela,

Em meu turno nessa ausência eterna,

Nessas noites longas de espera,

Entre sombras e a falta de carinho.

Uma leve brisa que apaga a vela,

Eu sou o soturno que se desespera,

Numa saudade, embora triste, terna,

Da lua não entre nós pelo caminho.

Paisagem que poderia está em tela,

Deste jeito triste como se revela,

A voz nas mãos no mudo pergaminho.

Qual o quadro que se forma na janela,

Pintado por Deus em cinza aquarela,

Sem me perdoar por ser um ser sozinho.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 09/07/2019
Código do texto: T6692126
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