A MENINA DO RANCHO
Recluso, avisto ao longe a cordilheira
E as serras azuladas no horizonte...
A paisagem é deveras deslumbrante...
Então divago de minha trincheira...
Há quanto tempo a cena é companheira
Do trovador - eterno figurante
Da vida - e que pranteia neste instante,
Ao recordar-se da moça rancheira?
Onde andará a menina singular,
Cujo perfume inda bafeja no ar,
E, pelo vate fora tão amada?
Certamente agasalhada ao coração
Do bardo e sua infindável solidão,
Mas, muito longe da montanha azulada...
Imagem: Cachoeiro de Itapemirim/ES
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