A MENINA DO RANCHO
 

Recluso, avisto ao longe a cordilheira
E as serras azuladas no horizonte...
A paisagem é deveras deslumbrante...
Então divago de minha trincheira...
 
Há quanto tempo a cena é companheira
Do trovador - eterno figurante
Da vida - e que pranteia neste instante,
Ao recordar-se da moça rancheira?
 
Onde andará a menina singular,
Cujo perfume inda bafeja no  ar,
E, pelo vate fora tão amada?
 
Certamente  agasalhada ao coração
Do bardo e sua infindável solidão,
Mas, muito longe da montanha azulada...


Imagem: Cachoeiro de Itapemirim/ES

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Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 05/07/2019
Reeditado em 04/03/2024
Código do texto: T6689197
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