NA MORTE DO AMOR...

Essa gota que reflito na retina,

A rolar imprudente no meu rosto,

O seu sal a lembrança se destina,

A marcar a ausência de um gozo.

Se agarra feito ave de rapina,

Em minha pele em tom de desgosto,

Por mais que pese não me ensina,

Que o amor tem forma e tem gosto.

Sentimento em nada misericordioso,

Dentre almas e armas, composto,

Numa luta de auto carnificina.

Vitória pírrica de seres odiosos,

Agarrados à bandeiras, isto posto,

Sem mastros, sem panos...Na chacina.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 04/07/2019
Código do texto: T6688182
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.