NA MORTE DO AMOR...
Essa gota que reflito na retina,
A rolar imprudente no meu rosto,
O seu sal a lembrança se destina,
A marcar a ausência de um gozo.
Se agarra feito ave de rapina,
Em minha pele em tom de desgosto,
Por mais que pese não me ensina,
Que o amor tem forma e tem gosto.
Sentimento em nada misericordioso,
Dentre almas e armas, composto,
Numa luta de auto carnificina.
Vitória pírrica de seres odiosos,
Agarrados à bandeiras, isto posto,
Sem mastros, sem panos...Na chacina.