REENCARNAÇÃO - Soneto inédito
Numa certa noite em que mal dormia,
A suar, pensamentos lá distantes
Com vivos pesadelos, tão errantes,
Era um estranho enlevo que eu sentia,
E de mim, a tristeza se escorria...
Eram reais os fatos delirantes
Com todos os espectros lá passantes,
Que minha alma ficou sem luz, vazia!
Imaginei que fosse o meu momento,
A renascer na paz de uma outra vida,
No abandonar da terra da loucura.
Mas do espírito ouvi o meu julgamento
E hoje ainda sou eu na alma sentida,
Deixando o pobre corpo em sepultura!
Eduardo Eugênio Batista
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