VINHO AMARGO

Amargura... Eminente alegria de outrora!

Distante, revivo o instante que se atrela

Às lágrimas que ora embaraçam as estrelas,

E Desnorteia a paixão, cega e sedutora...

Entregue a esse vinho, sinto o retrocesso,

E desinteresso por tudo ao meu redor...

Nas feridas não vistas, a sublime dor,

Que solidifica o coração, como um gesso!

Como não perceber o presente deserto?

Como viver n’altiva dor que se renova?

Com ardor, anseio que minh’alma remova,

Esse ressentimento isento de conserto.

Oh semblante desfigurado pelo choro!

Por ti, esse triste cálice: amargo e inodoro.

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Freitas Júnior - Poeta In BERESHIT POÉTICA - ISBN: 978-85-5530-009-7

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FREITAS JÚNIOR
Enviado por FREITAS JÚNIOR em 30/06/2019
Reeditado em 30/06/2019
Código do texto: T6685125
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