SONETO DA CONTRADIÇÃO...

Não quero teu amor, mas sim tua paixão,

Esse lado selvagem do suor e do desejo,

De se arrancar mais que os reles beijos,

Esse sem apego, medida pela pura razão.

No qual se pode dar as costas em diapasão,

Afinar o sexo com o fazer de qualquer jeito,

Despreocupado e sem qualquer tipo de medo,

Na mais pura liberdade, apenas satisfação.

Mas com o devido cuidado com a emoção,

Fugindo das armadilhas do frágil coração,

Além das suas fantasias e formas de arremedo.

É o que eu quero, como quem houve uma canção,

Fechando os olhos, mas sem cair em devoção,

Às tuas armadilhas nas quais ainda me vejo.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 28/06/2019
Código do texto: T6683393
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