SONETO DA CONTRADIÇÃO...
Não quero teu amor, mas sim tua paixão,
Esse lado selvagem do suor e do desejo,
De se arrancar mais que os reles beijos,
Esse sem apego, medida pela pura razão.
No qual se pode dar as costas em diapasão,
Afinar o sexo com o fazer de qualquer jeito,
Despreocupado e sem qualquer tipo de medo,
Na mais pura liberdade, apenas satisfação.
Mas com o devido cuidado com a emoção,
Fugindo das armadilhas do frágil coração,
Além das suas fantasias e formas de arremedo.
É o que eu quero, como quem houve uma canção,
Fechando os olhos, mas sem cair em devoção,
Às tuas armadilhas nas quais ainda me vejo.