Último Sono
Como uma velha árvore sou,
Com folhas secas, galhos retorcidos,
Que depois de tantos anos vividos,
Junta as migalhas do que lhe restou.
O que aqui fez, os trancos que enfrentou,
Quantas missões e deveres cumpridos.
Os sermões, nem sempre compreendidos,
Foram palavras que o vento levou.
Mas os frutos que gerei vão seguir
As sendas do exemplo aqui deixado,
E honrarão meu nome e o meu passado.
Só este consolo me fará dormir,
No recanto pra onde for levado,
O meu último sono, sossegado.