PIRACEMA
Na métrica me esparramo,
feito criança na poça.
Os versos, quando declamo,
pouco importa quem os ouça.
Palavras são anfetaminas,
colorindo os pensamentos.
Iguaria das mais finas.
Alívio para os tormentos.
Rimas são um caso à parte.
Há quem goste e quem descarte,
tal qual sábado ir pescar.
Sobretudo, no poema,
o que em mim faz piracema...
É quando ele faz calar!