PIRACEMA

Na métrica me esparramo,

feito criança na poça.

Os versos, quando declamo,

pouco importa quem os ouça.

Palavras são anfetaminas,

colorindo os pensamentos.

Iguaria das mais finas.

Alívio para os tormentos.

Rimas são um caso à parte.

Há quem goste e quem descarte,

tal qual sábado ir pescar.

Sobretudo, no poema,

o que em mim faz piracema...

É quando ele faz calar!

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 26/06/2019
Reeditado em 15/10/2019
Código do texto: T6681945
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