Niilista
Os olhos acinzentados revelam o desconhecido
De sua boca só saem as palavras que lhe convêm
Ao maltrapilho abandonado e despercebido
Passa-se por qualquer um carregado de desdém
Disparates às gargalhadas dos que por ele caminham
Rindo de seus pensamentos efêmeros lançados
Acreditando cegamente na verdade que obtinham
Estes nunca saberiam resolver-se quando vaiados
E em seu sonho de conseguir-se encontrar
Veio-lhe o mundo idealístico das poesias sem asas
Onde todo o choro salgado alimentava o mar
O azedume de seus lábios fora então subvertido
Seus anseios arderam nas mais profundas brasas
Enquanto ele sorria com o coração partido
(Guilherme Henrique)