Niilista

Os olhos acinzentados revelam o desconhecido

De sua boca só saem as palavras que lhe convêm

Ao maltrapilho abandonado e despercebido

Passa-se por qualquer um carregado de desdém

Disparates às gargalhadas dos que por ele caminham

Rindo de seus pensamentos efêmeros lançados

Acreditando cegamente na verdade que obtinham

Estes nunca saberiam resolver-se quando vaiados

E em seu sonho de conseguir-se encontrar

Veio-lhe o mundo idealístico das poesias sem asas

Onde todo o choro salgado alimentava o mar

O azedume de seus lábios fora então subvertido

Seus anseios arderam nas mais profundas brasas

Enquanto ele sorria com o coração partido

(Guilherme Henrique)

PássaroAzul
Enviado por PássaroAzul em 25/06/2019
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