XEQUE-MATE

Jogando, em magnífica abertura

Contra a vida, o xadrez do amor,

Julguei ter, da vitória, o penhor,

Sem temer a dor e a amargura...

Desenvolvendo as peças com fervor,

Buscando posição franca e segura,

A que ao final não me colhesse agrura

Qualquer, tornando-me um sofredor...

Mas, tendo eu um coração de vate,

Fiz sempre ser completa a minha entrega

Ao que dispõe a regra da peleja...

Então, sendo ladina e malfazeja

A sorte, quando a nos tocar se nega,

A vida fez seu lance: xeque-mate.

Amigos,

Após uma longa ausência, estou retornando ao Recanto, com este soneto muito antigo que encontrei entre meus escritos e ainda não havia sido publicado. Um abraço a todos.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 25/06/2019
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