XEQUE-MATE
Jogando, em magnífica abertura
Contra a vida, o xadrez do amor,
Julguei ter, da vitória, o penhor,
Sem temer a dor e a amargura...
Desenvolvendo as peças com fervor,
Buscando posição franca e segura,
A que ao final não me colhesse agrura
Qualquer, tornando-me um sofredor...
Mas, tendo eu um coração de vate,
Fiz sempre ser completa a minha entrega
Ao que dispõe a regra da peleja...
Então, sendo ladina e malfazeja
A sorte, quando a nos tocar se nega,
A vida fez seu lance: xeque-mate.
Amigos,
Após uma longa ausência, estou retornando ao Recanto, com este soneto muito antigo que encontrei entre meus escritos e ainda não havia sido publicado. Um abraço a todos.