NINGUÉM VAI ACREDITAR…
Ninguém vai acreditar em mim,
Um deficiente mesmo a poetar,
Um oncolójico quase no fim,
Co’ uma pensão de me matar.
Como posso ser Poeta enfim?
Se tive limitações neste andar,
Muitos ensinos, cá pra mim,
Se do secundário não passar.
Se tive uma Pensão de invalidez,
Que me liquidou mesmo de vez,
Depois vim ter esta, pra me aborrecer.
Vão dizer que não são meus portanto,
Um maluco, um deficiente, entretanto,
Como pode saber mesmo escrever?
LUÍS COSTA
quarta-feira, 24 de setembro de 2014