A PACIÊNCIA
Virtude adquirida pelo que sofre
(Com as suas tentativas sucessivas),
A paciência é como a chave de um cofre
Que guarda as emoções nele contidas.
Nas ranhuras e dentes, o limítrofe
Artefato tem forma definida,
E será modelada a cada estrofe
Que perseverantemente construída,
Faz a lixa, a lima, sob o holofote
Que aos claros momentos ilumina,
E que assim brotem, no último retoque,
Encaixes mágicos, que lançam sorte
Ao espaço, abrindo a porta que detinha
Madura emoção, o fruto de seus dotes.