O SOL ACABA DE ABORTAR

E lá onde o sol acaba de abortar…

Nas ondas da noite com asas do dia,

nos ombros da ternura nesta alegria

é lá onde o vento se quer então deitar.

É naquelas escadas que eu vejo o mar,

Lá onde o rio canta para a cotovia…

E um pássaro de aço também queria,

Voar nas nuvens de algodão a gritar.

É lá onde eu subo o castelo de tristeza,

Onde me vou mirar nesta vida de certeza,

É lá onde o frio grita naquele momento.

É lá com as minhas mãos de veludo e seda,

ponho no caderno os olhos cristalinos de leda,

E a vida continua com os cabelos de vento.

LUIS COSTA

13/02/2004

TÓLU
Enviado por TÓLU em 23/06/2019
Reeditado em 23/06/2019
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