SONETO DA INOCÊNCIA...
Sentimento não escolhe casta,
Nem razão para sua existência,
Demoníaco que em nós descasca,
A pele da alma e sua essência.
Nos seus domínios se destaca,
A ferir não só por excelência,
Confundindo a mente que ataca,
Sem margens para desobediência.
E no amor? Esse não se descarta,
É dama? Errei. Pois dela não se farta,
Sem que se perca a nossa decência.
E sua dor? É a minha face lúdica de uma carta,
Não de um rei, mas de um às que disfarça,
Na ilusão da vitória... Que inocência.