EU, SOU PESSOA
“Soneto identitário acróstico”
Fernando, sim, e Fernando Pessoa, eu sou
E não há nada mesmo que faça enganar,
Raios-parta que ninguém saiba pra onde vou
Neste mundo que já deu o que tinha a dar…
Ando de seca-em-meca, e por toda a parte,
Num global corrupio de engenho e arte
Dando uma enorme trabalheira que pensar
Outrossim aos humanos, desde Terra a Marte!
Pessoa, pois, é uma maneira de dizer
Enquanto mais não haja para se fingir,
Sobram razões que façam algo renascer
Seja de dentro para fora ou deste para dentro,
O meu nome há-de sempre, sempre contribuir
Alguma coisa que dê luz ao fingimento!
Frassino Machado
In AS MINHAS ANDANÇAS