ANGÉLICO MAL - Soneto inédito
Ele, que vem dolente e reluzente
Naquela nebulosa luz eufórica,
Mostrando na sua face a nua retórica
Do que é mais prazeroso e complacente,
Por dentro de emoções de toda a gente,
Desmanchando-se na imagem pictórica,
Mas bem diante da máscara folclórica
Do que é ser o real medo da mente!
Metamorfoseando-se no algoz
Que mata e ressuscita tão feroz
O vivo e o morto que levam pecados.
Com sua gadanha cisca o ar, voraz,
Degola os homens da guerra tenaz,
No destino que escolhe os condenados!
Eduardo Eugênio Batista
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