DESPI UM VÉU Á MINHA VESTIMENTA
DESPI UM VÉU Á MINHA VESTIMENTA,
NA NOITE, QUE SOFRE ESTE DESTINO,
NESTA CIDADE, QUE NESMO SE INVENTA,
QUANDO EU FUI AINDA MESMO UM MENINO.
DESÇO O DEGRAU DA MINHA VIDA ATENTA,
QUANDO CHORO DE TRISTEZA NO MOMENTO FINO,
OS MEUS CABELOS QUE SÃO DE ÁGUA BENTA,
ÁS VEZES TENHO QUE ME PÔR MESMO A PINO.
DEITO-ME NA CAMA MUITO SOLITÁRIO,
OLHANDO PARA O TETO, NESTE CALVÁRIO,
O QUE A MINHA VIDA ENTÃO ME DIZ?
ME DESCIBRO QUE SOU MUITO PEQUENO,
FICO DESILUDIDO, MAS FICO BEM SERENO,
SEREI POETA? O QUE SEREI? O QUE FIZ?
LUÍS COSTA
TERÇA-FEIRA, 18/'6/2019