OUTRA VEZ - SONETO INÉDITO

Dos tempos que me foram marginais

As horas carregadas de pecados,

Eu sonho acordado com anjos irados

De imensas negras asas infernais...

São eles mensageiros surreais

Dos delírios de réus condenados,

Que em corpo e alma, já crucificados,

Me elevam para mortes ancestrais!

É a imagem que tenho verdadeira,

De um esquife, que por eles rodeado,

Naquele que sou eu ante a loucura,

Repousado em meus ossos de caveira,

E ali mesmo, um cadáver revelado

Apodrecido numa sepultura!

Eduardo Eugênio Batista

@direitos autorais protegidos por lei

Setedados
Enviado por Setedados em 18/06/2019
Código do texto: T6676001
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.