OUTRA VEZ - SONETO INÉDITO
Dos tempos que me foram marginais
As horas carregadas de pecados,
Eu sonho acordado com anjos irados
De imensas negras asas infernais...
São eles mensageiros surreais
Dos delírios de réus condenados,
Que em corpo e alma, já crucificados,
Me elevam para mortes ancestrais!
É a imagem que tenho verdadeira,
De um esquife, que por eles rodeado,
Naquele que sou eu ante a loucura,
Repousado em meus ossos de caveira,
E ali mesmo, um cadáver revelado
Apodrecido numa sepultura!
Eduardo Eugênio Batista
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