ONDAS DO SILÊNCIO

A tarde abafada sob o sol

Transpirava um rubro espelho

Naquele olhar quase sem farol

Diante do imenso mar vermelho.

Cúmplices das ondas do silêncio

Que escondi na silhueta do arrebol

E naquelas faces do prenuncio

Que espraiavam águas em bemol.

Quietas horas remando energias

No profundo das temperanças

Ao refletir suores em sinergias

Meu barco navegou bonanças

Singrou águas e quando tu sorrias,

Transluzias meu sonho em esperanças.